quinta-feira, 28 de outubro de 2010

All you need is

Lurds zegt:
ok
beijos
saudade
te amo
- R@fAeL - zegt:
te amo^^

Tava precisando tanto...

I wonder if everybody feels the same way...

Sabe quando tu esta num parque de diversao, naqueles brinquedos que giram e giram e giram, rápido demais. E tu comeca a se sentir enjoado, sente que vai vomitar a qualquer momento, sua cabeca pende para os lados e parece que vai soltar do corpo?

Estou assim nas ultimas semanas.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

" I remember one morning getting up at dawn, there was such a sense of possibility. You know, that feeling? And I remember thinking to myself: So, this is the beginning of happiness. This is where it starts. And of course there will always be more. It never occurred to me it wasn't the beginning. It was happiness. It was the moment. Right then."

The hours.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cheers, Darling!

Saber que meu irlandes preferido me ama, eu já sei. Agora estou indo atrás dele!

Damien, I'm coming!

DUBLIN, BABE!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dez meses

Hoje completo dez meses de Holanda. Oito meses com meu holandes, que serao devidamente comemorados no nosso fim de semana em Dublin.

E nao bastasse a Vera ler para mim, hoje ela fez um desenho e escreveu meu nome. Litmilaa.

Nem liguei que, depois de dez meses, a minha kid nao sabe meu nome. Estou orgulhosa demais para isso!

Dona Adelaide

Hoje eu liguei para minha vó, e só de ouvir a voz contente dela, segurando o choro, já aperta a saudade no peito. Minha vó é uma figura, uma das pessoas mais engracadas que conheco; dá pra escrever um blog inteiro sobre ela, mas por enquanto vou ficar em um post.

No telefonema, ela estava me contando o quanto esta surpresa de eu ter me dado tao bem aqui na Holanda. "Nossa, filha! Voce vai completar um ano. Achei que voce nem ia, pensei que ia dormir no aeroporto e perder o voo". Sinceridade, né?

Dai falou do quanto esse ano foi importante pra mim, ela solta o eufemismo do ano: "menos financeiramente, né? Dai nao valeu muito a pena". Porra, até minha vó sabe que au pair é pobre!

Quando fui desligar, ela me lembrou do que eu, sem sucesso, tento esquecer nas últimas semanas.
"59 dias, filha."

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

.

Vai chegar o momento em que vou ter que tirar os postais da porta. Estocolmo, Bruxelas, Londres, Berlim, Praga, Brugge.
Vai chegar a hora de recolher os CDs espalhados, gravar meus arquivos do computador, dobrar minha bandeira manchada de recados ilegiveis e recolher meus últimos pares de meias. Invariavelmente, descartar o que nao vai caber na mala.

Este ano foi um buraco no tempo e espaco, na minha vida. Mais de uma vez, Chana e eu discutimos o quanto nossa vida aqui nao é real. Esta chegando o momento de avaliar o quanto tudo isso valeu a pena, de julgar nossos erros e acertos, nossas perdas e os ganhos.

O medo de voltar para casa é muito maior do que qualquer medo que tive quando deixei o Brasil, acredite. Medo do real, da vida que deixei pendente. Quando vim, tinha que encarar o desconhecido; agora, encararei tudo aquilo que, por um ano, evitei até mesmo pensar sobre.

A Chana resumiu tudo em um simples parágrafo:
"Cadê a vida que começava nova e limpa, como uma roupa recém comprada? Parece ter transformado-se em velho trapo de fundo de armário, que precisamos nos desfazer, para que caibam novas no armário. (...) Saudade da vida que imaginávamos"

Acho que escrevi alguma vez aqui que, o melhor de morar em um lugar onde ninguém te conhece é que voce pode ser quem voce quiser. Eu acabei sendo eu mesmo, mais uma vez.
E continuo a analisar se aproveitei o suficiente, se aprendi, viajei, sai, bebi, chorei, dormi, ri.
Acredito que muitas das pessoas que fazem um programa de intercambio devem sentir a mesma coisa, e voltar para casa nao é exatamente voltar para casa.

Isso nao significa que nao sinto falta dos meus amigos, da minha família, do meu país, do meu cachorro, mas o adeus que dei a tudo isso era temporário. Deixar a Holanda significa me despedir de uma vida que nunca mais vai ser minha.
E assim que eu olhar para o meu quarto pela ultima vez, dar um beijo nas criancas, respirar fundo e partir, outra garota vai entrar aqui, sentindo mais ou menos o que senti quanto sentei na cama pela primeira vez e pensei que uma vida nova estava comecando.